
sobre a “taxação das blusinhas”
A discussão sobre a “taxação das blusinhas” no Brasil, como parte do Projeto de Lei 914/24, vai além de uma simples medida tributária, tocando em diversos aspectos socioeconômicos.
“se de um lado, a medida visa proteger a indústria nacional e combater práticas trabalhistas abusivas. Por outro, ela pode impactar negativamente os consumidores de baixa renda, que dependem de produtos importados mais baratos.”
Nos últimos anos, o aumento do poder de compra foi um fator transformador para as classes C e D no Brasil. A compra em sites internacionais e a cultura de consumo do fast fashion permitiu que mais brasileiros tivessem acesso a uma variedade de produtos antes distantes, promovendo inclusão e melhorando a qualidade de vida em muitos aspectos. A nova taxação pode limitar esse acesso, tornando mais difícil para essas classes adquirir produtos a preços acessíveis, o que pode gerar descontentamento social e econômico
🏭 A cadeia têxtil no Brasil é um setor importante da economia, abrangendo desde a produção de fibras até a confecção de roupas. No entanto, enfrenta diversos desafios, como a competição com produtos importados, que muitas vezes são vendidos a preços mais baixos devido à ausência de impostos e à menor carga trabalhista nos países de origem. A taxação das compras internacionais de até US$ 50 é uma tentativa de equilibrar essa competição, protegendo as empresas nacionais e preservando empregos locais.
🩳 Muitas marcas brasileiras, incluindo grandes varejistas, dependem de importações para oferecer produtos competitivos em termos de preço e variedade. Essa dependência se deve à busca por custos mais baixos de produção, que frequentemente é encontrada em países asiáticos. Dificilmente esse mindset de negócio das marcas brasileiras irá mudar caso não haja uma implementação de políticas que incentivem a produção nacional.


💸 Além disso, a nova taxação pode até aumentar os custos operacionais dessas empresas que fazem importação, repassando o aumento do preço ao consumidor final.
🚨 Um dos maiores problemas associados às roupas importadas baratas é a utilização de mão de obra análoga à escravidão. Em muitas fábricas na Ásia, trabalhadores enfrentam condições precárias, com longas horas de trabalho, salários baixos e ambientes insalubres. O combate a essa prática é um argumento moral a favor da taxação, incentivando a produção local, responsável e sustentável.
um argumento moral
🤔 Uma reflexão adicional sobre o consumo consciente é fundamental neste contexto. Consumidores podem adotar práticas como averiguar a etiqueta dos produtos para saber onde foram feitos e sob quais condições. Esta atitude não só promove a responsabilidade social, como também apoia marcas que seguem práticas éticas e sustentáveis. Ao fazer escolhas mais informadas, os consumidores podem pressionar a indústria a melhorar suas práticas, contribuindo para um mercado mais justo e sustentável.
A “taxação das blusinhas” levanta uma série de questões complexas. A reflexão sobre esses aspectos revela a necessidade de um debate profundo e equilibrado, considerando tanto os benefícios de curto prazo quanto os impactos de longo prazo na sociedade e na economia brasileira.
Lucia Alves de Carvalho
Estrategista de Marca, trabalha com ferramentas de Consumer Insights, Foresight Estratégico, Design Thinking e Branding. Há duas décadas ajuda marcas a serem mais criativas, estratégicas e inovadoras, com uma metodologia que traduz mudanças de comportamento em recomendações, conceitos e execuções acionáveis. Já atuou em projetos com Red Bull, The North Face, Nissan, Calvin Klein, Zara, TV Globo e instituições como SEBRAE, SENAI, e PUC.
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