
Haute Couture de Paris Fall/Winter 2025/26
A Semana de Moda Haute Couture de Paris Fall/Winter 2025/26 foi muito mais que vitrines de luxo, foi um ponto de virada artístico. Após uma série de trocas em diretorias criativas, as grandes maisons reafirmaram que nem tudo é sobre comercializar: muitas criações são manifestos visuais, reflexos de conceitos e emoções que escapam ao consumo imediato. Veja os principais destaques:
Balenciaga – Despedida de Demna
Demna Gvasalia encerrou seu reinado com sua 54ª e última coleção para a Maison — realizada em uma locação íntima na Avenue George V. Foi um adeus carregado de reverência e provocação: silhuetas arquitetônicas, aviamento minimalista (como corsets “sem ossatura”) e referências ao Old Hollywood, sempre mesclando alta costura com a cultura pop técnica . Momentos que pararam a cena: Kim Kardashian estreando na passarela com um vestido inspirado em Elizabeth Taylor e mais de 250 quilates em diamantes. O fim de uma era e um pontapé para a chegada de Pierpaolo Piccioli, prometendo um retorno ao classicismo.


Iris Van Herpen – Sympoiesis
Independente e inovadora, Van Herpen apresentou “Sympoiesis”, revelando alta costura como pesquisa biológica-artística. Destaque para o impactante vestido bioluminescente, alimentado por algas vivas em cultura — uma peça que respira, requer luz e cuidados, simbolizando a ideia de vestuário sustentável e vivo. O show foi descrito como “encontro com um recife consciente” e exemplar da costura-sistema de Gaia .


Maison Margiela – Primeira passarela de Glenn Martens
Demna Gvasalia encerrou seu reinado com sua 54ª e última coleção para a Maison — realizada em uma locação íntima na Avenue George V. Foi um adeus carregado de reverência e provocação: silhuetas arquitetônicas, aviamento minimalista (como corsets “sem ossatura”) e referências ao Old Hollywood, sempre mesclando alta costura com a cultura pop técnica . Momentos que pararam a cena: Kim Kardashian estreando na passarela com um vestido inspirado em Elizabeth Taylor e mais de 250 quilates em diamantes. O fim de uma era e um pontapé para a chegada de Pierpaolo Piccioli, prometendo um retorno ao classicismo.


A arquitetura da Alta Costura atual
A semana também refletiu essa fase de transformações: Chanel fez sua última coleção antes da chegada de Matthieu Blazy; Schiaparelli continuou o surrealismo emocional de Daniel Roseberry; e Armani Privé destacou cristais e veludos — apesar da saúde debilitada de Giorgio Armani. A temporada FW 2025/26 na Haute Couture até agora foi marcada por:
Transições emocionais — despedidas e chegadas de peso;
Arte e ativismo — peças que não esperam virar hit comercial, mas sim iniciar diálogos;
Conceitos que desafiam o uso — moda viva, oculta, ritualística;
Narrativas profundas — o vestido que respira, o vestido mascarado, o vestido como arquitetura do corpo.

Armani

Schiaparelli
os must have da temporada:
Maison | Diretor(a) Criativo(a) | Conceito-chave |
---|---|---|
Balenciaga | Demna Gvasalia | Arquitetura + Pop; um brinde à contradição, celebrando o passado e a cultura virada em economias disruptivas. |
Iris Van Herpen | Iris Van Herpen | “Sympoiesis”: moda viva, feita de bioluminescência, que questiona o que é vestível. |
Maison Margiela | Glenn Martens | Gothic de Bruxelas: upcycle, máscaras e tradição desconstruída em choque emocional. Uma homenagem ao fundador, Martin Margiela da marca. |
A alta costura segue mostrando que é antes de tudo um palco para a experimentação e a emoção, e não para nosso guarda-roupa. A Haute Couture segue pulsante, menos voltada ao mercado e mais como provação criativa. Esses desfiles interpretam identidades, culturais, biológicas, políticas, e não apenas corpos.
Aline Schambakler
Especialista em Desenvolvimento de Negócios de Moda e Líder de Produto & Merchandising, Aline tem mais de 15 anos de experiência no mercado, atuando em grandes marcas como Shein, Amaro, Bob Store e Siberian.
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